Publicado em 10/12/2019 -
18:37
Por Pedro Ivo de Oliveira
– Repórter da Agência Brasil Brasília
O Ministério da Educação (MEC) anunciou hoje (10)
que universidades e instituições de ensino superior terão uma nova modalidade
de emissão de diplomas de graduação: o diploma digital. De acordo com o
secretário de Educação Superior, Arnaldo Barbosa Júnior, a medida visa reduzir
os custos de emissão do certificado e agilizar a empregabilidade de jovens
graduados.
“Quando a pessoa se forma no nível superior, o
nível de empregabilidade se torna muito elevado. Isso é fruto das oportunidades
que estamos criando, é mais um serviço de transformação digital. E vamos
corrigir um erro histórico: ficamos muito distantes dos alunos. Mas, cada vez
mais, queremos nos aproximar e construir um novo mundo. Um mundo de educação de
qualidade”, disse o secretário.
O novo formato deve estar disponível para 8,3
milhões de estudantes brasileiros que estão em fase de graduação e que serão
beneficiados pela primeira fase de implantação do diploma digital. O projeto-piloto
foi realizado na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e conseguiu
reduzir o tempo de emissão de um diploma devidamente autenticado e assinado
digitalmente pelo ministério para 15 dias - prazo 84% menor que os 90 dias
estipulados pela maioria das instituições de ensino superior do Brasil. Segundo
o secretário, por enquanto a nova tecnologia não será aplicada para cursos de
pós-graduação, mestrados e doutorados.
Custos menores
Os custos para a emissão do diploma digital também
são positivos. De acordo com Barbosa Júnior, a medida deve economizar R$ 48
milhões ao ano para as instituições que emitem o papel. Jean Martina, que
supervisionou o projeto-piloto na UFSC, explicou que os custos logísticos serão
reduzidos drasticamente. “O preço de emissão de um diploma digital físico é de
R$ 390,26. A versão digital custará pouco mais de R$ 85. O principal ganho é
que vamos desmaterializar o papel e criar uma versão eletrônica, que estará
disponível em qualquer celular”.
A versão digital dos diplomas também será uma
garantia de autenticidade, pois qualquer pessoa poderá consultar a base de
registros digitais disponibilizada pelo MEC, que validará as informações
consultadas pelos aplicativos de celular ou pela internet. “O diploma [digital]
visa garantir simplificação. O processo [de validação do diploma] é muito
moroso. O processo mais simples pode demorar até 120 dias, e muitas vezes os
prazos não são sequer respeitados. Temos que garantir a desburocratização e,
acima de tudo, garantir segurança para combater diplomas irregulares e falsos”,
disse Barbosa Júnior.
Adaptação
As instituições terão dois anos - até dezembro de
2021 - para fazer a transição completa para o modelo de diploma digital. Isso
significa que o aluno deverá ter acesso a uma versão normatizada e padronizada
do diploma, que poderá ser acessada a qualquer momento por meio do site ou de
aplicativos de celular. A medida não afetará o estilo visual dos diplomas. A
validação será por meio de um código QR no verso dos documentos.
Ex-alunos que concluíram o ensino superior antes da
medida também poderão solicitar a versão digital do diploma. Esta, entretanto,
seguirá as regras de emissão da 2ª via do documento, com o pagamento das taxas
preestabelecidas pelas instituições.
Edição: Fábio Massalli
Fonte:
Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário